Volta do Arroz Abril/2017

Nem só de pedais pela cidade vive o ciclista. Então decidi fazer a tradicional Volta do Arroz. Caminho que carinhosamente apelidei, que vai pela Rodovia do Arroz, passa na BR 280 e volta pela BR 101.

Volta do Arroz

Convidei o Bruno Dix que prontamente aceitou o convite pro pedal no feriado de Tiradentes. Eu queria testar uma estratégia diferente. Segurando a ansiedade no primeiros 20km, sobrariam mais fôlego para completar o trajeto na mesma média de sempre. Porém com o benefício de chegar com um desgaste inferior, o que pareceu ser bem interessante.

Na verdade a estratégia foi dica do Ivan Rolim, cara que eu admiro bastante pela experiência em tantos Audax. Já que a promessa era chegar mais disposto ao fim da pedalada, decidimos completar o Gran Fondo do Strava. Dos cem quilômetros planejados, nem me preocupei com a falta de treino. Afinal a estratégia era pra dar certo, né?

Minutos antes de sair de casa, meu pneu traseiro furou. Belo começo, ainda em casa um remendo foi providenciado.

Fui no ponto de encontro com o Dix e mesmo segurando a ansiedade acabei extrapolando as regras. A intenção era manter média de 25km/h do início ao fim. Mas mesmo com isso em mente os primeiros 7km já estava com 27 de média.

Pedalando na rodovia do Arroz

Trecho Ruim

Decidimos não passar pelo Vila Nova, a rua XV de novembro está muito esburacada. Acredito que acertamos a decisão desviando pela BR 101 e em seguida pela Estrada dos Portugueses, o asfalto tava lisinho. Entrando na Rodovia do Arroz a média já havia baixado pra 26, tudo ótimo.

Seguimos e pela metade da Rodovia do Arroz lembro de ter visto ainda 26 de média, as descidas e o conhecido trajeto ajudavam a manter a média um pouco acima do esperado. Pra um treino leve de 100km, estava mega confortável e conversávamos muito, mesmo nas subidas.

Volta do Arroz na BR 280Dia perfeito pra pedalar

Entrando na BR 280 o vento abraçou a gente. Gostou tanto do abraço que se juntou e fez a média ir baixando suavemente dos 26 até os 24.8 ao final da BR 280. A paisagem ajudava a fechar o cenário, um lindo dia de sol no outono catarinense.

Furo ou Furos?

A única parada programada era no Posto Maiochi. E assim fizemos, cronometradamente 4 minutos para um rápido banheiro, comer algo e abastecer de água pros 40 km finais. Mas na saída do posto, ainda nos paralelepípedos, meu pneu traseiro furou.

Lembra da camara que furou em casa? Então, rasgou o remendo proximo do bico. Nem tenta conservar, bora pra próxima, enche … tudo bonitinho …. POOOOOW, o bico (ventil) rachou. Mas como assim? Comofas?

Volta do Arroz: quem não anda não fura

O Dix tinha uma cobra coral de reserva, gentilmente cedeu autorização pra entrar em uso e partimos pro pedal. Já tava cansado de encher pneu e acredito que coloquei só 100 libras pra chegar em casa logo.

O Retorno

O retorno pela BR 101 foi já com as energias diminuindo bastante. As pernas estavam 100%, parecia que eu mal havia pedalado uns 10km perto de casa com meu filho. O cardiovascular nem tanto, na reta mantive próximo a média desejada, mas custando 160 bpm.

Era uma questão de minutos até a performance cair, e assim aconteceu. Entramos na cidade, passamos na Decathlon – paguei a dívida da camara com o Dix – e seguimos a Santos Dumont. O objetivo? Fechar os tão desejados 100km do Gran Fondo, cada um fez um trajeto a sua casa envolvendo uma distancia maior.